paciente digital

O paciente já é digital. E a sua instituição?

Como o paciente digital e sua mudança de comportamento, força organizações a investir em uma jornada tecnológica.

Um mundo onde coisas e pessoas são guiadas pela tecnologia, onde fatos – de crimes a salvar vidas – não passam despercebidos pelos olhares tecnológicos. Uma verdadeira paranoia, viciante e transformadora.

Esse pode ser o enredo de episódios de Black Mirror, série da Netflix, ou do clássico Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, publicado em meados de 1930. Mas, ainda que seja ficção científica, é impossível negar a semelhança dessa história com o nosso cotidiano. A tecnologia veio para ficar e a Covid-19 intensificou ainda mais a presença desses aparatos digitais em nossas vidas. E quando o assunto é Saúde, isso não é diferente.

Afora os impactos sanitários, a pandemia acelerou tendências como o autocuidado, a digitalização de saúde e o acesso às informações dos pacientes.

Esse cenário coloca o paciente, que agora é digital, ainda mais no centro de toda a atenção. Ou seja, estamos cuidando de uma pessoa que detém muitas informações e que, muitas vezes, questionará e participará ativamente de seu tratamento. Afinal, um admirável mundo das informações está em suas mãos, em seu smartphone.

É nesse campo que os canais digitais, como as redes sociais, vêm ganhando importância no relacionamento entre profissionais e o paciente digital.

O paciente, agora, está imerso em um mar de informações que o Google, Facebook, Instagram Youtube, TikTok, dentre outras redes, oferecem sobre a sua possível doença. Mas não é apenas essa informação que ele detém. O paciente digital também tem em suas mãos o currículo do seu médico, o que falam dele na internet, as indicações (e críticas negativas), e ainda informações sobre a instituição ou organização.

Por outro lado, médicos e empresas devem estar preparados para atender esse paciente mais empoderado e digital. Estudo divulgado pelo MIT Technology Review, em 2021, intitulado “A transformação do setor da saúde na América Latina” revela que as redes sociais estão sendo um potencial canal para transferir conhecimentos e conquistar mais clientes.

Ou seja, se antes o médico era a autoridade máxima, hoje esse profissional deve estar preparado para ser sabatinado e questionado pelo seu paciente. Isso se expande também para a instituição, que pode sofrer duras críticas de seus pacientes/clientes nas redes sociais, ou mesmo conquistar mais ‘seguidores’ com o seu posicionamento.

É preciso entender que o paciente passou por um processo de transformação cultural e social em curto espaço de tempo. E a pandemia forçou ainda mais os clientes de serviços de saúde a mudarem de mentalidade quanto ao modo que se consome saúde.

Vale ressaltar também que, embora seja verdade que os processos de digitalização tenham um impacto mais direto nas camadas mais jovens das sociedades, a pandemia expandiu esse comportamento para outras faixas etárias, como pessoas da terceira idade.

Certo é que, independentemente da sua idade, a tecnologia vem oferecendo uma ampla gama de serviços e possibilidades de autocuidado.

Nesse contexto, a ideia de um paciente ser dono dos seus dados ganha cada vez mais relevância, mas também encontra importantes barreiras como a interoperabilidade entre os serviços.

Interoperabilidade, um desafio a ser vencido

É fato que a jornada do paciente digital, hoje, está desintegrada em diferentes aplicativos e prontuários eletrônicos que não se conversam.

A interoperabilidade entre os serviços é uma questão de extrema importância, e isso abrange diferentes níveis de atendimento (primário e especializado), serviços (laboratórios e hospitais/clínicas) e centros dentro da mesma rede hospitalar.

A relutância de instituições em trocarem informações, sejam elas públicas ou privadas, potencializam ainda mais os desafios para alcançar a interoperabilidade. Isso acontece por diversos motivos, como pelo receio de impedir que médicos transfiram seus pacientes para clínicas diferentes ou, ainda, que o paciente, com tamanha autonomia, transfira o seu histórico para outra instituição.

Essa questão esbarra também em pontos relacionados à segurança da informação e, nesse cenário, tecnologias como o Blockchain – em sua definição simples: um sistema que permite rastrear o envio e recebimento de alguns tipos de informação pela internet – podem se tornar importantes aliadas.

Mas, ainda de acordo com o estudo publicado pelo MIT Technology Review, empresários do setor da saúde consideram o Blockchain como um campo a ser desbravado, o que causa insegurança e complicações para a elaboração de soluções adequadas.

Enfim, a Telemedicina

No começo da pandemia, o lema “Fica em Casa” foi uma comunicação que, por momentos, foi julgada como precipitada e feita de forma impositiva. O medo e a insegurança foram alguns dos vários efeitos que isso acarretou, mas, afinal, nenhum sistema de saúde do mundo estava preparado para uma doença que causasse tamanho estrago em tão pouco tempo.

Mas para muitos, ficar em casa era sinônimo de ter o seu estado de saúde piorado. Instituições e médicos se viram na necessidade de recorrer à teleconsulta e à telemedicina para assistir o seu paciente. O relacionamento da instituição com o paciente, agora, não se limita às extensões do estabelecimento. Esse mundo mudou e as fronteiras vão além de corredores e consultórios.

O paciente, por sua vez, não tinha outra alternativa que não fosse confiar em seu médico mesmo que a distância.

Assim como todo começo, esse relacionamento foi ganhando confiança com o passar do tempo e, hoje, é inquestionável que a telemedicina veio para ficar, seja por parte das instituições e empresas, como por parte de seus clientes.

Segundo a pesquisa do MIT Technology Review, a telemedicina está entre as tecnologias prioritárias para 65% dos entrevistados a curto prazo.

Outro dado do estudo aponta que 95% dos entrevistados mencionaram a telemedicina como um elemento a ser considerado na transformação digital.

O que mais está na agenda digital do paciente

Além da telemedicina e os desafios da interoperabilidade a serem vencidos, é importante que empresas e organizações do setor invistam em outras plataformas para responder aos anseios do paciente digital. Dentre elas, estão:

  • Agendamento online de consultas – praticidade, agilidade e facilidade são palavras de ordem quando pensamos na jornada do paciente digital e isso começa no agendamento da consulta.
  • Confirmar consultas – o paciente digital deseja ser lembrado. Receber a confirmação de sua consulta, seja por e-mail, whatsapp ou SMS, também é o começo de um bom relacionamento. Para a instituição, investir em na confirmação de consultas por essas plataformas traz benefícios como redução de faltas e atrasos.
  • Obter resultados de exames pela internet – do mesmo modo que o paciente deseja marcar a sua consulta e ser lembrado dela de forma rápida e acessível, ele também deseja obter o resultado de seus exames com a mesma facilidade.

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