A importância dos investimentos em tecnologia na saúde pública para maior resolutividade, eficiência e qualidade no setor.
Assim como em todo o mundo, a pandemia expôs as fragilidades do sistema de saúde pública e privada no Brasil.
Depois de tantas mudanças decorrentes desses últimos três anos, investir em tecnologia não é mais uma opção, e sim uma obrigação para alcançarmos a sustentabilidade do setor.
Se antes já sabíamos que os softwares hospitalares facilitavam e otimizavam a gestão, hoje temos a certeza do quanto tais ferramentas são essenciais para enfrentarmos os mais variados eventos adversos, como uma pandemia.
É grande o potencial da tecnologia em solucionar esse e tantos outros problemas que nos impendem de alcançar a sustentabilidade do setor.
Por isso a importância de elucidar o valor que a tecnologia agrega à saúde, tanto para o gestor e paciente, como para a integração do sistema como um todo.
Temos que lembrar que, particularmente no caso brasileiro, estamos falando de um dos maiores sistemas de saúde público do mundo. São 210 milhões de pessoas, de mais de cinco mil municípios, contempladas de alguma forma pelo SUS.
Essa gestão nunca foi simples. Afinal, estamos diante de uma rede muito complexa, grande a capilarizada.
Neste artigo, vamos explicar como a tecnologia atua para resolver importantes problemas que dificultam, ou até mesmo impedem, o acesso à saúde pública de muitos brasileiros.
Tecnologia responsável
Antes de pontuar os benefícios que a tecnologia traz para o sistema de saúde, é importante ressaltar a importância de investir em soluções que, de fato, agreguem valor tanto para eficiência da gestão como para a eficácia do atendimento para o paciente.
Isso porque muitas inovações tecnológicas acabam por onerar ainda mais o sistema, sem trazer tantos benefícios para o paciente.
A gestão deve focar em tecnologias que atendem às demandas de sua comunidade e proporcionem a sustentabilidade para a sua instituição.
Isto é, um investimento responsável que visa otimizar processos, antecipar problemas, reduzir desperdícios e oferecer maior segurança para o paciente.
Nesse sentido, destacam-se o investimento em tecnologia da informação. Especificamente soluções como data analytics, inteligência artificial e sistemas de gestão hospitalar estão entre as ferramentas com maior potencial para impulsionar a sustentabilidade.
A tecnologia da informação impacta toda a cadeia da saúde em diversas esferas.
O atendimento do paciente ganha mais segurança e agilidade com as soluções digitais que atuam desde o agendamento da consulta até o desfecho clínico.
O trabalho do profissional da saúde também se beneficia nessa mesma proporção. Ao se apoiar na tecnologia, o trabalho de socorrista, médicos especializados e enfermagem também ganha mais agilidade e segurança.
Além disso, softwares de gestão hospitalar intensificam ainda mais a integração entre a saúde pública e privada a partir do momento em que seja possível compartilhar dados dos pacientes.
Uma vez que usuários do SUS podem transitar entre organizações públicas e privadas, a separação entre os dados e a informação de saúde utilizados e disponíveis que acontece hoje não deveria existir.
Ou seja, a tecnologia da informação na saúde pública vem para beneficiar o cidadão, pois seus dados passam a ser compartilhados de forma segura quando e onde for necessário.
É preciso entender que a tecnologia é uma grande aliada da saúde pública e não um custo, desde que atendam as reais necessidades do hospital ou de uma clínica.
Estratégias para Saúde Pública
Colocar o paciente no centro da saúde é permitir que uma série de transformações aconteçam no setor.
Antes mesmo de pensar na resolutividade do tratamento, é preciso pensar em seu bem-estar e na prevenção de doenças que impactam diretamente a sustentabilidade da saúde pública.
Por isso é preciso considerar tecnologias como telemedicina, telefarmácia, dispositivos inteligentes em que o paciente não precisa se deslocar em busca de atendimento de saúde. Nesses casos, o cuidado vai até ele.
Essa realidade ainda tem muito o que avançar, principalmente na saúde pública. Entretanto, algumas iniciativas já despertam um novo olhar para o setor.
Um exemplo é o Conecte SUS, que visa a informatização da atenção à saúde e a integração dos estabelecimentos de saúde públicos e privados e dos órgãos de gestão em saúde dos entes federativos.
Outra ação na saúde pública é a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), que parte do Programa Conecte SUS.
A RNDS estabelece o conceito de uma plataforma padronizada, moderna e interoperável de serviços, informações e conectividade para o setor.
A RNDS tem como objetivo: “promover a troca de informações entre os pontos da Rede de Atenção à Saúde (RAS), permitindo a transição e continuidade do cuidado nos setores público e privado”.
Saúde pública digital
Segundo o documento “Estratégia de Saúde Digital para o Brasil”, do Ministério da Saúde, até 2028 a RNDS estará estabelecida e reconhecida como “a plataforma digital de inovação, informação e serviços de saúde para todo o Brasil, em benefício de usuários, cidadãos, pacientes, comunidades, gestores, profissionais e organizações de saúde.”
O documento traz o plano de ação de atividades a serem executadas e os recursos necessários para a implementação da visão estratégica de saúde digital.
São listadas sete prioridades de ação. São elas:
1- Governança e liderança para a estratégia em saúde digital;
2- Informatização dos três níveis de atenção;
3- Suporte à melhoria da atenção à saúde;
4- O usuário como protagonista;
5- Formação e capacitação de Recursos Humanos;
6- Ambiente de interconectividade;
7- Ecossistema de inovação.
As medidas citadas acimas estão diretamente relacionadas à aplicação da tecnologia da informação no dia a dia da saúde pública.
Essas ações convergem para a maior eficiência e sustentabilidade da saúde pública. Tudo isso baseado na tecnologia e softwares inteligentes de gestão.
Iniciativas como levar internet aos estabelecimentos de saúde e investir em softwares para maior segurança nos dados do paciente são premissas urgentes para a saúde digital despontadas no documento.
A proposta também visa usar tecnologias logo na atenção primária para obter maior controle de doenças da comunidade e atuar na promoção de hábitos saudáveis e gerenciamento da saúde.
Tecnologia, Segurança do Paciente e Atenção Primária, são o tripé da sustentabilidade do sistema único de saúde (SUS). Esse pilares ajudam a promover serviços de assistência com mais qualidade a longo prazo.
Paralelo a isso, observa-se também uma preocupação de educar o cidadão quanto ao uso da tecnologia para o fomento da saúde digital.
A ideia é melhorar de ponta a ponta a saúde do usuário que, com a tecnologia da informação, será possível obter uma visão de todo o seu histórico clínico, seja ele atendido no sistema público ou privado.
Para tanto, é preciso um trabalho colaborativo para que, de fato, aconteça a circulação integrada e segura de informação e dados pela saúde pública e privada.
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