Passando por este período turbulento, que vivenciamos de 2020 para cá, muito se fala em resiliência. Mas quando estamos dentro de uma empresa, sem medir esforços para entender as mudanças e se adaptar a elas, não podemos atribuir essa característica somente aos gestores ou a um grupo específico de colaboradores. A pergunta é, como tornamos uma empresa resiliente em sua totalidade?
A resiliência se tornou fundamental em todos os setores, não somente no empresarial, mas inclusive em nossas vidas pessoais também. É assim que nos tornamos mais flexíveis, adaptáveis e abertos a encontrar novas oportunidades, que muitas vezes passaram despercebidas aos nossos olhos.
Como são as organizações resilientes?
Você vê como a resiliência pode tornar sua empresa melhor preparada para o futuro, de uma forma que não se pode mais voltar a ser como era antes. Segundo o report publicado pela Deloitte Global (Building The Resilient Organization), em que entrevistou 2.260 CXOs dos setores público e privado em 21 países e conversou com executivos C-Level em vários setores para examinar como os líderes e suas organizações estão lutando com o “novo normal”, enquanto enfrentam escolhas difíceis, exploram novas maneiras de operar e confrontam mudanças fundamentais em suas estratégias, o documento aponta:
“O cultivo da resiliência começa com uma avaliação de “se ou em que grau”, a sua organização é:
• Preparada: Os mais bem-sucedidos CXO planejam todas as eventualidades, tanto a curto como a longo prazo. Mais de 85% dos CXOs cujas organizações equilibram satisfatoriamente prioridades de curto e longo prazo sentiram que haviam se articulado efetivamente para se adaptar aos eventos de 2020, enquanto menos da metade das organizações sem esse equilíbrio sentiram o mesmo.
• Adaptáveis: Líderes reconhecem a importância de ter funcionários versáteis, especialmente após um ano como 2020. Para esse fim, flexibilidade/adaptabilidade foi, de longe, a característica de força de trabalho que os CXOs disseram ser a mais crítica para o futuro de suas organizações.
• Colaborativos: CXOs indicaram a importância da colaboração dentro de suas organizações, notando que acelerou a tomada de decisões, minimizou o risco, e levou a mais inovação. Na verdade, remover silos e aumentar a colaboração era uma das principais ações estratégicas que os CXOs realizaram antes e durante 2020.
• Confiáveis: CXOs entendem o desafio de construir confiança. Mais de um terço de CXOs respondentes não estavam confiantes que suas organizações haviam feito um bom trabalho desenvolvendo confiança entre líderes e funcionários. Aqueles que estão sucedendo estão focando em melhorar a comunicação e transparência com as principais partes interessadas, bem como liderar com empatia.
• Responsáveis: A maioria dos CXOs reconhece que o mundo dos negócios tem uma responsabilidade além do essencial. Oitenta e sete por cento de CXOs entrevistados que disseram ter feito muito bem ao equilibrar todas as necessidades das partes interessadas também sentiram que suas organizações poderiam rapidamente se adaptar e articular em resposta a eventos perturbadores. Isso é quase 50 pontos percentuais a mais do que a proporção de CXOs que disseram o mesmo em organizações que não se saíram bem ao equilibrar as necessidades das partes interessadas.
Se sua organização é insuficiente em algumas áreas, você precisa agir para preencher as lacunas”.
O Diretor Executivo da Otto hx, Alberto Leite, professor de Inovação e Empreendedor desde 2012, deixa uma mensagem para você que está buscando evoluir a forma como lida com negócios, clientes e colaboradores:
“Se pararmos para pensar em quantas variáveis temos que domar nesse novo mundo provavelmente criaremos ansiedade e, posteriormente, depressão profunda. Há uma verdade universal sobre esse mundo: não sabemos nada sobre ele. Entendo que precisamos conhecer nossas pessoas, amá-las a ponto de saber sobre suas vidas, e elas sim nos guiarão neste vasto mundo, são para eles que olhamos e, como uma bússola, apontamos.
No livro Além do fim do mundo, o escritor Laurence Bergreen narra a história da primeira circunavegação feita por Fernão de Magalhães. Percebe-se ali, que em meio a 260 homens, e sendo português, no meio de espanhóis, ele tinha pouco, a não ser sua capacidade de lidar com pessoas. O desafio da resiliência está na estima criada nos dias de felicidade para suportar a tormenta. Esse é o negócio!”