A saúde pública é um tema de grande importância para a população, e seu bom funcionamento é fundamental para garantir o bem-estar de todos.
Entretanto, no Brasil, a gestão da saúde pública tem apresentado falhas graves, como evidenciado pelos resultados de uma pesquisa recente.
O que as pessoas pensam sobre a Saúde Pública
De acordo com a pesquisa, “A saúde que os brasileiros querem” realizada pela Anahp com usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e da saúde suplementar, mostrou que 43% avaliam a situação da saúde no país como “ruim” ou “péssima”, enquanto apenas 9% consideram-na “boa” ou “ótima”.
Esse cenário se agrava entre os indivíduos com nível superior de escolarização, onde 50% avaliam negativamente a situação da saúde, 16 pontos percentuais a mais do que entre aqueles com apenas nível fundamental.
Outro ponto preocupante é a avaliação do atendimento prestado pelo SUS. Enquanto 45% dos usuários que tiveram acesso aos serviços nos últimos 12 meses avaliam-no como “ótimo/bom”, 41% o classificam como “regular”, e 9% como “ruim” ou “péssimo”.
Os maiores índices de aprovação foram registrados na região Sul, enquanto no Norte prevaleceu a classificação “regular”, dada por 68% dos entrevistados.
Contudo, a pesquisa também mostrou que a percepção negativa da saúde é maior entre os jovens, com 47% dos que têm entre 16 e 24 anos considerando-a “ruim/péssima”. Nas faixas etárias seguintes, os percentuais de desaprovação diminuem, mas ainda assim permanecem preocupantes.
A análise por nível de instrução revela ainda que, quanto mais elevada a formação educacional, mais rigorosa é a opinião sobre o atendimento prestado pelo SUS.
Dos que concluíram o nível superior, apenas 25% avaliaram-no como “ótimo/bom”, metade da porcentagem verificada entre o grupo com ensino fundamental.
Diante desses dados alarmantes, é necessário repensar a gestão da saúde pública no país. É preciso garantir investimentos adequados e uma gestão eficiente e transparente, a fim de melhorar o acesso e a qualidade dos serviços de saúde oferecidos à população.
Além disso, é importante ouvir as demandas da população e valorizar a participação da sociedade civil na construção de políticas públicas voltadas para a saúde.
Afinal, a saúde é um direito fundamental e sua garantia é uma responsabilidade do Estado e de toda a sociedade.
Saúde Pública: Exames, medicamentos e consultas
A saúde pública é uma das áreas mais importantes de qualquer país, e a sua gestão deve ser sempre uma prioridade dos governos.
Infelizmente, nem sempre essa gestão é eficiente, e existem sinais claros de que a saúde pública está falhando. Com base em uma pesquisa recente, podemos destacar cinco desses sinais:
1- Acesso: o primeiro sinal de que a gestão de saúde pública está falhando é a dificuldade de acesso a exames e consultas médicas.
De acordo com a pesquisa mencionada, esse é o principal desafio enfrentado pelos usuários do SUS, sendo mencionado por 8 em cada 10 pessoas. Isso se deve às falhas e gargalos na gestão da Regulação na Saúde. Veja o artigo em que destacamos esses desafios:
“Os desafios para uma regulação rápida e dinâmica da saúde”
2 – Agendamentos: o segundo sinal é a dificuldade de agendamento de consultas, que foi mencionada por 40% dos entrevistados na mesma pesquisa.
A falta de profissionais, de regulamentação e de organização dos dados sobre as filas de espera são motivos para que a insatisfação da população continue a crescer.
3 – Medicamentos: o terceiro sinal é a dificuldade de conseguir medicamentos, mencionada por apenas 12% dos entrevistados.
Mesmo que seja um número menor, ainda é preocupante que tantas pessoas tenham dificuldades para obter os medicamentos que precisam para tratar suas condições de saúde, isso porque há escassez de recursos ou porque não foram devidamente previstos em orçamento.
4 – Leitos: o quarto sinal é a dificuldade de garantir vaga em hospitais, mencionada por 6% dos entrevistados. Esse número pode parecer baixo, mas é importante destacar que ele sobe para 38% entre as pessoas que ganham menos de 10 salários mínimos. Isso sugere que a falta de vagas em hospitais é um problema que afeta mais as pessoas mais pobres.
5 – Acesso à informação: um dos principais gargalos que levam a ineficiência na gestão de saúde pública é a falta de informações e dados confiáveis dentro de um único sistema que permite organizar a demanda, planejar, executar ações e monitorá-las.
A aplicação de novas tecnologias para gestão em saúde se tornou essencial, principalmente, após a pandemia vivenciada em 2020. Ainda há inúmeras organizações de saúde que não possuem sistemas que integram informações assistenciais e administrativas, gerando um prejuízo financeiro enorme, além de prejudicar a experiência e segurança do paciente.
Esses cinco sinais apontam claramente para falhas na gestão da saúde pública. A falta de acesso a serviços médicos/medicamentos, a dificuldade de agendamento de consultas, a dificuldade de garantir vaga em hospitais e a falta de tecnologia são problemas graves que precisam ser solucionados com urgência.
O governo precisa se esforçar para melhorar a qualidade da saúde pública, garantindo que todos tenham acesso aos cuidados de saúde que precisam.
Os maiores problemas de saúde pública no Brasil
O sistema de saúde brasileiro está passando por dificuldades e é necessário uma mudança urgente nesse cenário. Embora haja muitos problemas recorrentes, algumas soluções eficazes estão sendo implementadas gradualmente.
No sistema de saúde pública do Brasil, existem três níveis de atenção:
- básica/primária;
- secundária/especializada;
- terciária/hospitalar.
Os problemas de saúde ocorrem em todos os níveis de atenção e estão interconectados, causando efeitos em cascata que prejudicam o paciente como principal afetado.
A saúde privada oferecida pelos planos de saúde ajuda a suprir algumas lacunas do sistema público, mas não é suficiente.
Para melhorar a saúde pública, é importante que os usuários e outras partes interessadas apoiem soluções a curto, médio e longo prazo propostas pelos gestores.
Outras falhas na Saúde Pública
Infelizmente, quando o assunto são as falhas na Saúde Pública, vamos muito além dos 5 sinais que abordamos acima.
Veja em que quesitos mais a saúde pública está falhando:
- falta de assistência básica no cuidado ao paciente;
- falta de leitos disponíveis para os atendimentos;
- atendimento pouco humanizado;
- alta rotatividade dos profissionais de saúde;
- sucateamento dos recursos tecnológicos em saúde;
- gestão ineficiente do sistema de saúde;
- descontinuidade dos projetos assistenciais;
- falta de medicamentos;
- quadro de profissionais com pouca qualificação;
- lentidão e muita burocracia para atendimento ao paciente;
- falta de governabilidade sobre o acesso aos serviços de saúde;
- ferramentas e tecnologias obsoletas e fragmentadas;
- processos e protocolos desatualizados ou inexistentes;
- falta de integração das informações.
Identificar e solucionar os principais problemas de saúde pública e suplementar no Brasil é crucial para melhorar o sistema de saúde.
Sobretudo, é necessário avaliar desde problemas estruturais e até gerenciais, apesar de existirem iniciativas bem-sucedidas em algumas áreas.
O diagnóstico preciso das situações, a proposição de soluções em diferentes prazos e a avaliação por meio de indicadores efetivos são fundamentais para uma gestão pública e privada segura e eficiente.
Conclusão
Por fim, as falhas na saúde pública representam um desafio significativo para a sociedade em todo o mundo.
Essas falhas incluem falta de acesso, infraestrutura inadequada, falta de profissionais qualificados e escassez de recursos financeiros.
É crucial que governos e instituições de saúde trabalhem juntos para abordar essas questões e garantir que todas as pessoas tenham acesso a cuidados de saúde de qualidade, independentemente de sua localização ou condição socioeconômica.
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