Além de características diferentes, as siglas possuem vantagens e desvantagens na hora de escolher a modalidade de investimento
Dentre os diversos desafios que preenchem a agenda diária dos tomadores de decisão das organizações, nos deparamos com a minuciosa e importante atenção no momento da aquisição de uma solução ou serviço.
Como será o modelo de compra adotado, os benefícios gerados e manutenção da sustentabilidade do negócio são ponderações que devem ser relevadas pela gestão de investimento da empresa.
Nesse sentido, é possível indicar duas modalidades distintas para a contratação e investimento de novas aquisições: CAPEX e OPEX.
Compreender essas definições e suas diferenças, as vantagens e desvantagens e qual o melhor caminho para pequenas e médias empresas são importantes questões que o gestor deve analisar para o melhor controle das finanças.
Esse artigo irá ajudar a entender essas complexidades e explicar para você, gestor e tomador de decisão, porque é tão importante entender os impactos financeiros que essas siglas trazem para a sua gestão e quando uma passa a ser mais vantajosa que a outra para a sua empresa.
Afinal, qual a diferença entre CAPEX E OPEX?
Saber as diferenças entre CAPEX e OPEX e como cada modalidade deve ser usada são passos importantes para o gerenciamento financeiro da empresa. Isso se aplica em investimentos de quaisquer naturezas, inclusive aqueles relacionados à tecnologia.
Para compreender melhor as peculiaridades e diferenças entre CAPEX e OPEX, suas vantagens e desvantagens, é preciso olhar o tipo de aquisição que está sendo feito e o que a empresa espera com a implementação desse novo serviço ou sistema.
Explicando cada termo separadamente, temos as seguintes definições:
CAPEX, do inglês Capital EXpenditure, é traduzido para o português como ‘Despesas de Capitais’ ou ‘Investimentos em Bens de Capitais’.
CAPEX está diretamente ligado aos custos relacionados à aquisição de equipamentos e instalações para a melhoria de um produto, serviço ou da empresa em si.
Nesse quesito, estão incluídas as aquisições de patentes, terrenos, construção de uma nova fábrica, compra de veículos, de máquinas ou de sistemas de hardware, por exemplo. Tudo isso fará parte do rol do patrimônio da empresa.
São altos investimentos que ajudam a empresa/instituição a ampliar a sua capacidade de gerar lucro. É importante salientar que o CAPEX é a medida base para calcular o ROI – Retorno sobre Investimento – de determinado projeto.
Já o OPEX, do inglês OPErational EXpenditure, significa ‘Despesas e Dispêndios Operacionais’ ou ‘Investimento em Manutenção de Equipamentos’. São os gastos do cotidiano da empresa, como despesas com RH, combustível, aluguel, impostos, manutenção de equipamentos, contratação de serviços terceirizados, dentre outras despesas para manter o dia a dia da empresa.
Com as definições básicas esclarecidas, temos, agora, que entender como tais modalidades funcionam para saber quais são as vantagens e desvantagens.
Mas para isso, é importante relevar o que está sendo adquirido e o que a empresa/ instituição espera com esse novo serviço.
Vantagens e desvantagens
Tanto CAPEX como OPEX possuem vantagens e desvantagens próprias. Para que o benefício seja maior e não ter erro na tomada de decisão, o primeiro passo é entender a aquisição que está sendo feita e ter com clareza o cálculo dos custos e o retorno que isso trará para a organização.
Ao considerar a alternativa CAPEX, a empresa deve dispor de capital para altos investimentos. Os principais objetivos ao escolher essa modalidade são suprir as atuais necessidades e obter os benefícios futuros com a nova aquisição.
O CAPEX é a alternativa mais viável quando estamos diante de bens duráveis, que não precisam de uma manutenção constante. Esses serviços/produtos tem longa vida e não exigem atualização periódica para o seu funcionamento.
Para saber se a alternativa CAPEX é a decisão certa, é preciso ter a certeza de que o lucro obtido cobrirá todo o investimento realizado, e ainda se esse resultado será alcançado em um tempo menor que a durabilidade do serviço/produto adquirido.
É justamente nesse sentido que pode estar a desvantagem do CAPEX. Essa balança se pesa quando o que foi adquirido não proporciona uma durabilidade maior que o tempo do ROI.
Na Saúde, por exemplo, os investimentos em tecnologia, na maioria das vezes, apresentam esse dilema, pois são produtos renovados rapidamente e por isso exigem uma constante atualização.
Ainda sobre o exemplo acima, quando há a compra de uma solução tecnológica no formato CAPEX, há de se considerar também as despesas operacionais, ou seja, o OPEX.
Afinal, a gestão também deverá investir na contratação de um especialista para operar o novo equipamento, em manutenções periódicas, dentre outros custos.
Mas, então, qual é a melhor alternativa que responda às necessidades da instituição e mantenha a sustentabilidade do negócio?
No caso da compra de tecnologia, a instituição pode optar por realizar alguns investimentos diretamente no formato OPEX. Ou seja, ao invés de adquirir um equipamento e ter todos os gastos com sua manutenção, correndo o risco de perder dinheiro na corrida tempo x investimento, o gestor pode optar por ‘alugar’ ou ‘terceirizar’ essa solução.
Dessa forma, custos como investir na capacitação da equipe e a manutenção do equipamento serão feitos pela empresa contratada, que traz toda a sua expertise sobre aquela tecnologia.
Outra vantagem é que a preocupação quanto ao retorno do investimento e a durabilidade do produto adquirido presente na forma CAPEX não cabe no OPEX.
Além de arcar com os custos operacionais, o serviço e os equipamentos fornecidos estarão vinculados ao tempo do contrato, diferentemente se fossem comprados de forma CAPEX. Nesse caso, não há depreciação do produto, uma vez que a empresa contratada também se responsabiliza pela atualização do serviço.
Qual caminho devo seguir?
Seja pequena, média ou grande empresa, uma gestão atenta aos gastos é um importante passo para o balanço patrimonial saudável e sustentabilidade do negócio.
Ter a clareza das vantagens e desvantagens de CAPEX e OPEX citadas acima, por exemplo, colaboram para a saúde financeira da organização. Compreender a natureza de cada modalidade mitiga o risco de realizar um investimento que possa trazer prejuízos no futuro.
Quando se trata de aquisições tecnológicas na Saúde, o OPEX pode despontar como a melhor solução. A rapidez das transformações nesse campo, bem como a expertise das empresas desenvolvedoras de soluções são benefícios que pesam na ponta do lápis.
Para as pequenas e médias empresas, optar por OPEX traz ainda a vantagem de não ser necessário um grande capital no início do serviço, ou seja, o gestor não é pressionado a realizar financiamentos.
No OPEX, o investimento inicial é menor do que aqueles realizados via CAPEX e, através dos contratos recorrentes, os pagamentos são feitos em períodos pré-determinados. Há também mais flexibilidade para o cancelamento do serviço.
É possível concluir que o OPEX responde às necessidades que a atualização tecnológica impõe para as instituições: rapidez, previsibilidade e foco no core business.
A única fase em que OPEX torna-se um complicador é quando a empresa compradora está passando por um momento de venda de seus ativos, ou de seu capital total, e ter mais custo em sua operação torna a venda menos atrativa para os sócios, sendo o CAPEX uma solução mais adequada. Seja qual for a decisão diante de um investimento, é necessário estimar o OPEX e CAPEX, e controlá-los durante todo o seu ciclo de vida.
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